A energia mais limpa é a que não se consome

A eletrificação só é eficaz se estiver integrada com soluções digitais, energias renováveis e armazenamento.

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No Dia Mundial da Economia de Energia, Edgar Malato, CEO da Ewen by Helexia, reflete sobre como a eficiência energética é hoje um motor estratégico para a competitividade empresarial.

Todos sabemos que economizar energia é bom para o planeta. Mas, e para o negócio? Neste Dia Mundial da Economia de Energia, vale a pena lembrar que cada kWh poupado é mais um passo dado para empresas se tornarem mais eficientes, competitivas e até mais inovadoras. Porque inovar também é repensar processos, otimizar recursos, fazer mais com menos. A energia mais limpa é, afinal, a que não se consome.

A verdade é que a eficiência energética deixou de ser apenas uma exigência legal: tornou-se uma alavanca estratégica. Não se trata apenas de instalar tecnologia verde ou de cumprir regulamentos; trata-se de criar uma cultura de consumo consciente. É perceber que cada processo, cada equipamento e cada decisão de investimento podem gerar impacto direto nos resultados da empresa. E essa transformação começa dentro de casa: ao mapear processos, identificar desperdícios e agir de forma proativa, as empresas conseguem produzir mais com menos, reduzir emissões e aumentar a competitividade.

Um exemplo claro desta abordagem é a monitorização em tempo real. Quando conseguimos acompanhar, minuto a minuto, como a energia é consumida, deixamos de reagir a problemas e começamos a preveni-los. Os dados deixam de ser números isolados e transformam-se em decisões inteligentes, traduzindo-se em ação e, consequentemente, em resultados. É aqui que se esconde o verdadeiro valor da eficiência: na capacidade de transformar informação em vantagem concreta.

Outro vetor estratégico é a eletrificação da indústria. Portugal tem dado passos importantes, mas ainda há muito a fazer. A eletrificação só é eficaz se estiver integrada com soluções digitais, energias renováveis e armazenamento. Esta transformação exige visão de longo prazo e um trabalho contínuo de melhoria, um processo incremental, mas consistente, capaz de gerar valor real e sustentável.

Depois, a economia de energia também é um exercício de liderança. Empresas que olham para a eficiência como uma prioridade estratégica não estão apenas a cortar custos: estão a construir resiliência, a reforçar a reputação e a abrir portas para novos investimentos.

No fundo, a mensagem é simples: criar hábitos, investir em soluções inteligentes e integrar a eficiência energética na estratégia do dia a dia não é apenas bom para o planeta, é essencial para as empresas que querem liderar o futuro.

Artigo publicado na Ambiente Magazine.

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